terça-feira, 22 de junho de 2010

O que faz de mim a pessoa que eu sou hoje?

O que faz de mim a pessoa que eu sou hoje?
Por Silvina Buzarco, 4o Nivel, quartas, 15h

Acho que é um conjunto de fatores, mas o mais importante é minha decisão de fazer ou não, de acordo com minhas convicções, minhas crenças, ideias e princípios que norteiam minha vida, poucas vezes abro mão de minhas convicções, mas gosto muito de conhecer outras opinões como a de João Guimarães Rosa, que diz: " Viver é um descuido prosseguido". ( Grande Sertão, Veredas)

Acho que uma característica ou peculiaridade de minha personalidade é o fato de não falar muito de mim e também é uma escolha, então não vou escrever sobre mim, mas sim sobre uma anedota muito engraçada que ouvi nas minhas férias, neste ano no Brasil e tem a ver com as relações de pessoas que moram numa mesma casa.
Na casa de minha prima, Marina moram além dela, Lucas o filho dela, Lia a filha de Marina, e a faxineira a quem chamamos carinhosamente Neguinha, ela trabalha lá há 20 anos e conhece os meninos desde criança, mas ela tem um sentimento especial pelo Lucas e sempre liga para ele, para perguntar se ele já comeu, se ele já dormiu, se ele quer alguma coisa e um dia Lucas foi à casa de sua namorada e ficou lá 3 dias, então Neguinha ligou para ele para lhe perguntar se ele havia trocado suas cuecas ou se vestia a mesma que o primeiro dia...

A genética determina o comportamento?
Acho que sim , mas nem sempre é mais determinante do que nossa capacidade de decidir, as pessoas impulsivas demais, agem sem refletir e aos poucos elas reagem de um jeito agressivo. Muitas vezes o que determina o comportamento é a lembrança das situações vividas, especialmente na infÂncia, que ficam guardadas na memória.
Exemplo: as crianças que foram agredidas pelos pais, têm consequências na sua vida e muitas vezes repetem o agir deles.
"Tudo é evitável exceto as consequências".

Os pais influenciam a personalidade dos filhos desde que eles nascem. O jeito de agir deles é mais importante para os filhos do que seus pais falam.
Eu puxei do meu pai, meu gosto pelo estudo e de minha mãe seu caráter determinado e firme.
O estilo de educação importa especialmente pelo erro ou pela omissão, se os pais são rígidos demais é muito comum que os filhos não andem na linha.
Tentamos com meu marido educar aos nossos filhos sem pressioná-los.
Não podemos generalizar sobre a educação de um país ou de outro, a diversidade e pluralidade é tão grande que é impóssivel fazer comparação; com as províncias é a mesma coisa..
Concordo com muitas opinões da reportagem, mas não com a que diz que " sem interação com o outro não há personalidade", porque não há possibilidade de não ter personalidade, isso que o neurologista chama de " não haver personalidade é mesmo um jeito de personalidade, se tomamos o significado da palavra personalidade como " um conjunto de características de cada pessoa que a distinguem de outra" (Dicionário da Academia Brasileira de Letras, 2009).

Silvina Burzaco
4º Nível.

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