segunda-feira, 31 de maio de 2010

Contribuições dos estudantes: A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água

No blog http://turma4to4ta.blogspot.com/ Iniciativa de Victor, com colaboração dos alunos do 4o Nível da turma de quinta, estão sendo publicados os resumos dos capítulos. Naturalmente esses resumos não devem subsituir a leitura. Pelo contrário, devem servir de estímulo para que todos leiam, façam seus resumos e confrontem com os resumos publicados no blog. E quem sabe, não podem surgir outras iniciativas das outras turmas ou dos alunos? Lembro que aqueles que desejarem podem se increver como autores neste blog e produzir os seus conteúdos, não necessariamente atrelados às aulas, como é o caso de Hilda Mendoza e Karina Spirillo, que já publicaram seus textos. Graciela, Gabriela e Victor criaram blogs e estão atrelando suas produções a este blog. E assim vamos fazendo o que se chama de blogosfera.

A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água

Não, este não é um texto sobre o romance que estamos lendo para o 4o nível. Quer dizer, é e não é. É sobre a morte de Wilson Melo, o nosso Quinca Berro D'Água. Sim, ele existiu e por uma infeliz coincidência morre no momento em que estamos lendo este livro. Eu assisti à  montagem da peça em que ele interpretava o Quincas, em 1996. Na época eu participava de um curso de Crítica Teatral e a peça era uma das 3 que deveríamos assistir para a partir dela escrever um texto, como exercício.

Wilson Melo não era Quincas só porque interpretou a personagem nos palcos, mas porque levava uma vida boêmia, assumidamente boêmia, e levava isso na raça, para onde ia. Optou pela vida noturna, dos becos. E eu, como qualquer jovem de minha geração que frequentou a noite de Salvador, o conhecia, lhe tinha respeito por ser um senhor de mais de 70 anos que frequentava os lugares que eu com vinte e poucos também frequentava. Sentamos na mesma mesa algumas vezes e nisso posso lhes garantir que não é privilégio meu. Muita gente sentou na mesa dele. O mundo sentava na sua mesa.

Wilson Melo era encarnação da própria arte. Não a arte bonitinha, bem feita, bem acabada, mas a arte como estilo de vida: contestação política por uma atitude de vida. Wilson Melo, como Quincas, era como o rock´n´roll, como o reggae, como o movimento hippie, como os românticos, como os beatniks, como os punks: não o que fizeram destes movimentos depois, mas a sua essência: contestação pela forma de ser, pelo comportamento. E nisso ele seguia em frente. A montagem referida era uma produção bem feita, cuidadosa, com uma verba razoável. Mas o ator Wilson Melo estava ali inteiro. Meio ele meio o outro, e ninguém sabia distinguir interpretante do interpretado: nem o mais íntimo de seus amigos.

E aí reside a ironia da proposta da montagem teatral. Eu vi Quincas Berro D'Água duas vezes no teatro Castro Alves, e depois, como é de praxe entre muitos jovens "alternativos" (nem pensem que vou esmiuçar a riqueza semântica que a classificação simplista emudece), eu saí da peça e fui tomar umas no Beco dos Artistas. E lá estava ele, O Wilson Berro Dágua, o Quincas Melo, gritando por cerveja, assobiando como só ele assobiava, cumprimentando a todos com a sua gentileza boêmia e me dando a esperança de que sim, que a arte tem uma dimensão muito maior que a nossa vidinha mais ou menos. A peça, para mim, era a evidência de que Jorge Amado estava muito mais próximo de minha realidade cultural do que eu mesmo imaginava.

Palmas para Wilson Melo. Que esteja assobiando por aí, no céu ou no inferno. Onde estiver, a diversão é garantida.  Contando piadas e lembrando das duas montagens do Quincas, e de tantos outros trabalhos no teatro, na tv e no cinema do qual participou. Evoé, Melão!

Alex Simões (professor, ex-boêmio e assíduo frequentador dos teatros da vida e dos palcos)

Vejam a notícia:

Morre ator baiano Wilson Melo


Pedro Fernandes  A TARDE

Morreu neste sábado pela manhã, em sua casa no Rio Vermelho, o ator baiano Wilson Melo. Aos 77 anos, ele era hipertenso e vinha sofrendo com uma trombose. O sepultamento aconteceu às 16h30, no cemitério Jardim da Saudade.




Ator premiado, trabalhou em mais de cem peças e aproximadamente 20 filmes, entre eles Dona Flor e seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. Seu último espetáculo foi O Terceiro Sinal (2008), dirigido por Deolindo Checcucci.



O ator tem entre seus trabalhos mais célebres duasmontagens da peça Quincas Berro D‘água. A primeira encenada em 1972, em adaptação de João Augusto e a última em 1996, sob direção de Paulo Dourado.


“Apesar da idade, ele nunca perdeu as motivações iniciais do ato artístico. A Wilson nunca interessou ser um grande ator. Lhe interessava ser um ator, estar em cena”, diz Dourado.


A alegria de viver e trabalhar nos palcos, segundo amigos e parceiros de cena, era uma das principais características de sua personalidade. “Ele fazia teatro sem dor. Não era um ator de queixa. Sua marca era o bom humor”, conta Paulo Henrique Alcântara, que o dirigiu em Lábios Que Beijei, ao lado de Nilda Spencer (1924 - 2008).


Em nota de pesar o secretário de Cultura do Estado, Márcio Meirelles lamentou a perda. “Grande ator, grande pessoa, companheiro. Malandro, eterno Quincas que encarnou, Wilson sai dessa vida para a Memória”.
http://atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=2574500

sábado, 29 de maio de 2010

Xangô


Xangô é a divindade do fogo e do trovão e da justiça.
XANGÔ é um Orixá temido e respeitado por qualquer aborixá (adorador de orixá). É viril e violento, porém justiceiro, e muito vaidoso. Muito atrevido também, sempre castigando os ladrões e malfeitores. Segundo as crenças, quem teve morte por ráio ou um bem queimado, foi vítima da cólera de Xangô.
Tudo que se refere aos estudos, as demandas judiciais, ao direito...., pertence a Xangô, Rei de Oyó, marido de Oyá, Oxum e Oba.
Caraterísticas dos filhos de Xangô são extremamente enérgicos, autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos honestos e equilibrados, porém quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e incontrolável.
Os filhos de Xangô são tidos como grandes conquistadores, são fortemente atraídos pelo sexo oposto e a conquista sexual assume papel importante em sua vida.
A história:
Segundo as crenças, Odùdùa, um guerreiro que vinha de uma cidade do Leste, invadiu com seu exército a capital do povo chamado Ifé. Esta cidade, quando Odùdùa se tornou seu governante, se chamou Ile Ifé, Odùdùa tinha um filho chamado Acambi e Acambi teve sete filhos, seus filhos ou netos foram reis de cidades importantes.
Esses príncipes eram vassalos do rei, que então se transformou no centro de um grande império, cujo nome era Oyó.
Odùdùa era o grande rei de Oyó. Ele unificou as mais importantes cidades daquela região, mais tarde conhecida como a terra dos yorubás. Em cada cidade ele pôs no trono um parente seu.
Ele foi o grande soberano dos Reinos Yorubás.
Quando Odùdùa morreu, os príncipes fizeram a partilha dos bens do rei entre si e Acambi ficou como regente do império até sua morte.
Com a morte de Acambi, foi feito rei Oraniã, o mais jovem dos príncipes do império, que tinha se tornado um homem rico e poderoso
Um dia Oraniã levou seus exércitos para combater o povo que habitava uma região a leste de seu império. Era uma guerra muito difícil, mas, antes de ganhar a guerra, o oráculo o aconselhou a estacionar com os seus homens, pois ali, ele haveria de prosperar. Assim foi feito e aquele acampamento a leste de Ilé Ifé tornou-se uma cidade poderosa.
Essa próspera povoação foi chamada cidade de Oyó e veio a ser a grande capital do império fundado por Odùdùa. Com a morte de Oraniã, seu filho Ajacá, que tinha o apelido de Dadá por causa de seu cabelo encaracolado, foi coroado terceiro Alafim de Oyó. Ajacá era um homem pacato e sensível, com pouca habilidade e nenhum tino para governar.
Dadá-Ajacá tinha um irmão que fora criado na terra dos nupes, um povo vizinho dos yorubás, filho de Oraniã com a princesa Iamassê, embora haja quem diga que a mãe dele foi Torossi, filha de Elempê, o rei dos nupes. Esse filho de Oraniã era Xangô, grande guerreiro, que fundara uma pequena cidade chamada Cossô, nas cercanias da capital Oyó.
Xangô, que era o rei de Cossô, uma cidade tributária de Oyó, um dia destronou o irmão Ajacá-Dadá, e o exilou como rei de uma pequena cidade, onde usava uma pequena coroa de búzios, chamada coroa de Baiani. Xangô foi assim coroado o quarto Alafim de Oyó, governando o império de Odùdùa e Oraniã por sete anos.
Quando Xangô morreu, e dizem que foi obrigado a se enforcar num momento de crise de seu império, seus ministros procuraram seu corpo e não encontraram. Compreenderam então que ele tinha entrado para o Orum e instituíram seu culto. Xangô havia se transformado em Orixá.

Pesquisa: Imagem é vídeo tirados de internet. Texto pesquisa baseada em textos tirados de internet escolhidos pela autora. Hilda Mendoza

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Humor ou Comicidade?

No sábado 15/05/2010 asisti a uma conferência de tradução e interpretação latinoamericana.

Os temas foram variados e foi uns deles que chamou minha atenção: A apresentação do Tradutor Daniel Yagolkowski que falou sobre o humor e a comicidade nos filmes legendados e o significado real da palabra humor.

Você sabia que uma piada com humor não é o mesmo que algo cômico? A comicidade significa fazer uma chacota das coisas o das pessoas, às vezes não é agradável (Exemplo: o chamado humor negro).

Mas o humor é mas sutil, agradável e às vezes mas difícil de comprender para as pessoas de certos setores sociais.

Algums autores mencionados de humor foram: Quevedo, Ambroise Pierce e Jerry Seinfeld.

Freud também faz diferença na psiques entre o humor e a comicidade, então deve ser uma questão importante para discutir.

Desejo que minha nota seja de seu interesse e, se você quer, pode contribuir na correção de meu texto: é bem-vindo!

Para finalizar, deixo uma piada para você:

João: Eu não comprendo por que as pessoas dizem que eu sou preguiçoso se trabalho todos os dias de 14 a 15 horas!

Bastian: É verdade? Então a que hora começa você a trabalhar?

João: Mas eu já disse Bastian! Das 14 às 15!

domingo, 23 de maio de 2010

Os Brasileiros na Argentina.

Assim como não posso falar “dos brasileiros”, também não posso falar “dos argentinos”, mais tratarei de fazer uma “aproximação” generalizando.
Os brasileiros que chegam à Argentina vêm com a samba no corpo e o brilho nos olhos. Como em qualquer migrante a primeira coisa que se nota é a confusão, tem que se acostumar como funciona nossa sociedade. Acho que o argentino médio leva “o tango choroso” nas costas, o individualismo no bolso e a desconfiança no andar. Se o brasileiro tivesse esse jeito com certeza estaria muito escondido já que eu não notei.
O choque cultural é iminente.
Eles têm boa disposição, mas o argentino está na defensiva... Quando muitos de um país chegar (seja qual for o país) é senha de perigo, por que eles vêm? Perigam nossos trabalhos? Os vêem fantasiados de lobos nas suas fantasias de “carapuças vermelhas”. É então quando começar as diferentes maneiras de discriminação que podem legar até as agressões, geralmente verbais, mas podem até ser físicas nos grupos sociais menos favorecidos ou nos caras com agressões conteúdas mascaradas de gentilezas. Isso eu vejo no mundo todo não é próprio dos argentinos.
Tudo muda quando o brasileiro consegue fazer parte de um grupo de argentinos amigos, as coisas mudam. Notarão que a hospitalidade é a mesma. Os amigos são escolhidos e têm as mesmas virtudes e defeitos ou se complementam. Aí os brasileiros terão as mesmas questões que no Brasil com as pessoas. Aí começará outra questão, a saudade. Se não começou ao dia seguinte ao da chegada.
Saudade do jeito da sua terra, do clima, das roupas, das comidas, das músicas, dos cheiros, da família, dos amigos... Saudade que causa dor. Meus amigos emigrados, tem-na pela Argentina e inventaram um país que não é, mais é o deles o dos sonhos.
Agora na época das comunicações instantâneas podem fazer contatos periódicos com as pessoas donas de seus afetos. Se tivessem saudade da pele dos outros, da temperatura do corpo... O Brasil é perto... Às vezes uma semana de férias traz sossego e se pode começar outra vez.
O problema é tão sério como o de meus avós se por questões alheias não podem voltar ao Brasil... Como Adriana, minha vizinha quase amiga, que tem uma filha argentina e o pai da menina não autoriza a saída do país. Ela está sozinha com sua saudade, sem afetos, com tristeza, desarraigamento, e com sua filhinha crescendo enraizada em “outra pátria”, a de seu pai. Minha pátria.
É aí quando a raiva me invadir e odeio as pessoas que têm por jeito ferir aos outros, sejam eles de que país forem. Os sentimentos são universais e não sabem de continentes, de sexos nem de religiões.
Há pessoas maquiavélicas... e o ódio é um sentimento. Né?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Migrações na Argentina. Generalidades.

No século XIX tinham chegado à Argentina, imigrantes de todos os continentes. A maioria dos europeus eram espanhóis, portugueses e italianos, mas também chegaram polacos, russos, poucos japoneses. Os africanos não vieram voluntariamente, foram trazidos e destinados à escravidão.
Minha terra prometia paz e trabalho, os lugares de origem fome e guerras.
Quando menina, de meu país se dizia que era um “Crisol de Raças”, na realidade, uma ou duas raças o povoavam desde o início do século XX já que os descendentes dos africanos tinham sido mortos nas guerras da Independência e na guerra do Paraguai, quando deixaram a escravidão buscando a liberdade e os nativos foram deslocados para a fronteira ou mortos na campanha do Geral Roca. Foram assassinados para dividir as suas terras com os que tinham o poder econômico. Suas orelhas, trazidas pelos assassinos, foram testemunha das matanças.
Meu país sim era um “Crisol de Nacionalidades”.
Meus avôs chegaram quando apenas iniciado o século XX sendo quase crianças. O irmão de minha avó dizia para ela: Venha, na Argentina Deus provê de tudo. Cá conheceu a meu avô e formaram Sua Família, os tempos eram difíceis, o desarraigamento triste, as comunicações escassas.
Seus sonhos: Voltar à Europa. Minha avó desejava conhecer a sua irmã Maria que nasceu depois que ela embarcou...
Os imigrantes formaram associações segundo os países de origem, onde se reuniram para reviver a sua cultura que transmitiam aos filhos que iam nascendo na terra “alheia”, enquanto os sonhos de voltar a sua pátria se perdiam.
Trabalhavam de garçons, costureiras, artesões, pedreiros... Economia de subsistência. Lutavam para que seus filhos tivessem tudo quanto necessitassem.
Outra imigração importante aconteceu na década de cinqüenta. Fugiam da fome da Europa depois de concluída a Segunda Guerra Mundial. A população, a mesma. As tarefas desempenhadas, as mesmas. Os sonhos, os mesmos: paz e trabalho. Desejavam que seus filhos tivessem ascensão social. Surgiu um sonho cultivado com muitas privações: “Meu filho o Doutor”, sonho ao qual se somaram os filhos da imigração anterior... Às vezes alcançado...
A capital de Argentina, Buenos Aires, foi “A cidade mais européia da América”. Ela estava povoada de classes medias cujos trabalhos eram em escrivaninhas ou profissões chamadas de liberais, enquanto uma nova imigração “ameaçava”. O trabalho, que fez o genocida Roca, ficou incompleto... Os povos originários voltaram agora como trabalhadores, muitos ambulantes, quando finalizava o século XX.
As ditaduras e as crises mundiais levaram muitos argentinos às terras de seus avós buscando paz, trabalho e ascensão social... Deixando afetos, levando tristeza, desarraigamento... Os filhos nascendo ou crescendo enraizados em outras pátrias... Agora, Buenos Aires é América Latina e as migrações têm outros componentes além do descrito, o principal é o trabalho. Se o trabalho é por pouco tempo tudo é leve e a adaptação é possível com as saudades nas costas.

domingo, 16 de maio de 2010

Escolhendo um estilo de vida …

Minha mãe me sonhava Rainha enquanto meu avô me preferia Amiga.
Sou mulher afastada dos reinados, das jóias e da vida luxuosa que ela propunha para mim em suas vigílias.
Do avô aprendi a primeira lição: Você menina jamais fique sozinha o mais importante na vida são os amigos, mas escolha a consciência.
Da mão de meus amigos percorri a vida e, no momento que ela me empurrou feio foram eles quem me resgataram (nomeio a vocês, Norman, Bruno, Estela, Jorge….)
Ao completar os quinze anos, costume da época, a gente estive coberta com ouro, cadeias, pulseiras, anéis… O presente de meus pais, em caixinha chique foi um relógio com horrível correia larga, de ouro também.
Ao ficar sozinha com meu pai, ele me presenteou com um simples pacotinho. O pacotinho marcou minha vida toda, um livro de Mário Benedetti, Montevideanos. Na primeira folha ele tinha escrito: Minha filhinha, para que jamais esqueça que não há salvação se não é com as pessoas todas.
Nesse momento já tinha completado os três eixos aos que sempre tento me aproximar: Amizades plenas, leituras e solidariedade sem limites.

Caribantu en La Vakita 22/05/10

Caribantu nace a fines del 2009 con la intención de abordar diferentes ritmos dentro de la música popular brasilera. Así se conformó un repertorio variado que incluye sambas de artistas tales como Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Clara Nunes, Paulinho da Viola, Jovelina Pérola Negra, entre otros; y también canciones de músicos como Lenine, que fusiona diversos ritmos.

derecho al Show $ 10,00


Data: sábado, 22 de maio de 2010

Hora: 21:30 - 23:55
Localização: Cabrera 4223 - Reservas 4878.7221
http://www.myspace.com/caribantu
Cristian Mansilla, um dos componentes do grupo, é estudante da Casa do Brasil do 4o Nível.

Trailer do filme Central do Brasil

Este é o trailer do filme a que vamos assistir esta semana. Vamos falar e escrever sobre escrevedores de cartas, a partir de propostas do Caderno de Exercícios.

Fatalista, familista e com pouco espírito público

Inspirada na leitura de um dos capítulos de "A Cabeça do Brasileiro", de Alberto Carlos de Almeida, intitulado "Familista, fatalista e com pouco espírito público", Josefina Bullrich nos brindou com este achado. Justamente, uma canção da minha infância. Este poema canção foi exibido nesta linda versão de Paulinho da Viola num especial para crianças, nos tempos em que a Globo fazia especiais incríveis para crianças, em horário nobre. Eu tinha 8 anos e lembro como se fosse hoje. Obrigado, Josefina, por me devolver essa cena da infância. Obrigado pela sugestão pertinente à nossa discussão da semana.



O Filho que eu quero ter (Toquinho/Vinicius de Moraes)

É Comum a gente sonhar,eu sei,


Quando vem o entardecer

Pois eu também dei de sonhar

Um sonho lindo de morrer.

Vejo um berco e nele eu me debrucar

com um pranto a mim correr

e assim chorando acalentar

o filho que eu quero ter



Dorme meu pequeniniho

Dorme que a noite já vem

Teu pai muito sozinho

De tanto amor que ele tem"



De repente eu vejo se transformar

num menino igual a mim

que vem correndo a me beijar

quando eu chegar lá de onde vim



Um filho que só queira bem e

aquem eu diga sim

Dorme menino levado dome que a

vida já vem

Teu pai está muito cansado de tanta

dor que ele tem



Quando a vida enfim me quiser levar

pelo tanto que me deu

sentir lhe a barba me rocar no derradeiro

beijo seu



E ao sentir também sua mao vedar

meu olhaR dos olhos seus

Ouvir lhe a voz me embalar

num acalanto de adeus



Dorme meu pai sem cuidado

Dorme que ao entardecer

Teu filho sonha acordado

com o filho que ele quer ter

A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água

Vejam o trailler oficial do filme "A Morte e a Morte de Quincas Berro D'Água", baseado no livro homônimo de Jorge Amado, que começamos a ler esta semana. O filme estreia justo essa semana, no Brasil.
Esta semana, assistiremos  a um episódio de uma série baseada no livro "Os Pastores da Noite", intitulado "O Compadre de Ogum".
Se preparem, nesta segunda unidade, vocês vão falar  e escrever muito: sobre livros, filmes, vida, morte e a morte de Quincas, vulgo Berrinho.

sábado, 15 de maio de 2010

Vivendo e aprendendo a jogar

Na aula de conversação de ontem, na primeira parte, assistimos a este video de Jussara Silveira, por conta de uma visita que a maior parte do animado grupo fez ao Notorious, no show da diva baiana com o músico igualmente baiano, Luiz Brasil.

Ao falarmos sobre a letra, surgiu uma questão intercultural interessante. Eu não sabia que aqui se jogava outro tipo de baralho. E depois de desastradamente tentar desenhar os naipes, contei com a inestimável ajuda de Juana. Hoje pela manhã, Silvina Silvina acordou pensando nos naipes (copas, paus, espadas e ouros) fez uma pesquisa e esclareceu. Sobre a pesquisa, vamos aguardar se Silvina Silvina não quer se manifestar.

Mas saiu mais da conversa. Aproveitei e catei uns provérbios sobre jogo disponíveis em http://www.jangadabrasil.com.br/proverbios/pesquisa.asp




Azar no jogo, sorte no amor

Feliz no jogo, infeliz no amor

Infeliz no jogo, feliz no amor

Jogo de baralho e sexo: ou se tem um bom parceiro ou uma boa mão

Jogo e bebida, casa perdida

Jogo franco, cartas na mesa

Mais se descobre numa hora de jogo, que em muitas de conversa

O jogo é jogado

O jogo só termina quando o juiz apita

Uma hora de jogo descobre mais que um ano de conversação
 
Segue também o video para a música "Sentado à Beira do Caminho" http://letras.terra.com.br/roberto-carlos/48679/ 



Finalmente, Elis Regina cantando Vivendo e Aprendendo a Jogar

Pra começar um blog com o professor Alex

Olá,

Esta é uma experiência com os alunos da Casa do Brasil/Argentina. Tenho uma pesquisa sobre blogs e ensino de português como língua estrangeira e neste ambiente pretendo que circulem textos meus, dos alunos, e muitos outros textos relativos aos temas das aulas dos níveis regulares 1o, 4o e 6,  e dos cursos especiais"Conversação" e "Brasil: Questões Contemporâneas".

As publicações funcionam da seguinte maneira. Os textos feitos como atividades da Casa do Brasil são escritos à mão, reescritos, com o auxílio de uma tabela de correção, e, na terceira versão, devem ser digitados para publicação. O professor não pode corrigir os textos infinitamente. E os leitores dos blogs seguramente saberão que os textos devem estar adequados aos diferentes níveis de proficiência dos alunos. Além disso, ao publicar o textos, o(a) estudante está se permitindo que outros sujeitos possam colaborar com a revisão de seu texto, com sugestões e com comentários para que estimule seu caminho de aprendizagem do português. Textos escritos em português que não são de atividades da Casa do Brasil também são bem vindos, mas não serão revisados pelo professor. isso demandaria uma carga extra de trabalho impossível de se dar conta. Além disso, serão publicados links para os blogs dos alunos, neste caso, os blogs podem ser em espanhol ou em outras línguas. Aqui também deve ser feita a divulgação de atividades diversas destes alunos, não necesariamente em língua portuguesa, em especial, as atividades artísticas.

A participação no blog não é obrigatória: é por adesão. No entanto, aqueles que aderirem estão automaticamente me autorizando a analisar seus textos e sua participação nas aulas e nas redes sociais (orkut, facebook, twitter, blogs) em minha pesquisa. Tudo isso é feito com ética, muito respeito aos indivíduos que participam desse processo e sempre estarei comunicando se e quando usar alguns dos textos, ou trechos dos textos dos alunos.

Os participantes que aderirem devem, em princípio, se manifestar por e-mail, para a lista de seu grupo, concordando com os termos explicitados neste texto. Terão prioridade os que se tornarem assinantes e que poderão, desta forma, publicar seus textos e colaborar com publicações (de jornais, videos do youtube, links para outros blogs, sites, etc.), fazendo deste ambiente virtual a sua verdadeira vocação: um estímulo para a autonomia do aprendiz, para compartilhar de forma desierarquizada para aulas mais ricas, mais significativas, mais colaborativas, tendo sempre como objetivo a comunicação para uma cultura de paz. Os estudantes que não se tornarem assinantes poderão ter seus textos publicados pelo professor, mas terão que esperar um pouco mais.

Este espaço é uma extensão da sala de aula, mas não pode se confundir com a sala de aula. Aqui não faz sentido escrevermos sobre assuntos que vão cair na prova, ou o que foi dado na aula que um(a) estudante perdeu. Para isso, existem as listas de e-mail.

Espero que vocês gostem da ideia e conto com a colaboração de todos vocês. O projeto está só começando e as sugestões e adesões são fundamentais para que ele dê certo.

Sejam bem vindos a este blog, ao nosso blog!