domingo, 16 de maio de 2010

Fatalista, familista e com pouco espírito público

Inspirada na leitura de um dos capítulos de "A Cabeça do Brasileiro", de Alberto Carlos de Almeida, intitulado "Familista, fatalista e com pouco espírito público", Josefina Bullrich nos brindou com este achado. Justamente, uma canção da minha infância. Este poema canção foi exibido nesta linda versão de Paulinho da Viola num especial para crianças, nos tempos em que a Globo fazia especiais incríveis para crianças, em horário nobre. Eu tinha 8 anos e lembro como se fosse hoje. Obrigado, Josefina, por me devolver essa cena da infância. Obrigado pela sugestão pertinente à nossa discussão da semana.



O Filho que eu quero ter (Toquinho/Vinicius de Moraes)

É Comum a gente sonhar,eu sei,


Quando vem o entardecer

Pois eu também dei de sonhar

Um sonho lindo de morrer.

Vejo um berco e nele eu me debrucar

com um pranto a mim correr

e assim chorando acalentar

o filho que eu quero ter



Dorme meu pequeniniho

Dorme que a noite já vem

Teu pai muito sozinho

De tanto amor que ele tem"



De repente eu vejo se transformar

num menino igual a mim

que vem correndo a me beijar

quando eu chegar lá de onde vim



Um filho que só queira bem e

aquem eu diga sim

Dorme menino levado dome que a

vida já vem

Teu pai está muito cansado de tanta

dor que ele tem



Quando a vida enfim me quiser levar

pelo tanto que me deu

sentir lhe a barba me rocar no derradeiro

beijo seu



E ao sentir também sua mao vedar

meu olhaR dos olhos seus

Ouvir lhe a voz me embalar

num acalanto de adeus



Dorme meu pai sem cuidado

Dorme que ao entardecer

Teu filho sonha acordado

com o filho que ele quer ter

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